Identificar cada emoção que estou a sentir é o passo inteligente a seguir, lá porque pareço uma chaleira a ferver, não quer dizer que não saiba que é altura para que fui eu que me coloquei a jeito para ferver. Mas em vez de me afundar no desespero ou “exportar” a responsabilidade ( o Homer Simpson diria: “A culpa é minha eu ponho-a em quem eu quiser!”), dou um nome a cada sentimento:
A pergunta que faço a mim mesmo nessas altura é: “do you feel lucky punk?” … mas logo depois retomo a respiração e o foco em mim e pergunto-me: ” O que é que esta emoção me está a querer mostrar?”
Cada emoção, mesmo as mais desconfortáveis, tem uma função positiva. Elas são como sinais de alerta, indicando algo que precisa de atenção. Em vez de fugir delas, é necessário procurar compreender o motivo delas se expressarem, é preciso conhecer:
Tal como no filme “Sozinho em Casa”, em que o Kevin teme o “Old Man Marley” por ser tão assustador, apenas para descobrir mais tarde, quando se permitiu a enfrentar o seu medo e perceber o que queria o gajo, é que percebeu que ele só queria ajudar.
As emoções muitas vezes têm um propósito benéfico. O “Old Man Marley” das nossas emoções não está ali para nos causar mal. Está ali para oferecer-nos algo que precisamos compreender. No fundo, cada emoção tem um propósito e uma função positiva, e quando percebemos isso, podemos finalmente:
Finalmente, aceito que estas emoções estão a tentar dizer-me algo, e ao fazer isso é inevitável perceber a minha responsabilidade nos acontecimentos. E não fiques ai com coisas de que nem sempre temos responsabilidade das coisas…. não agir tambem é uma ação. Ficar calado e não nos defendermos, tambem é uma responsabilidade nossa.
Ao assumir a responsabilidade de perceber as emoções e os comportamentos que as desencadearam, consigo lidar com elas de forma construtiva.
Este processo não apenas alivia o desconforto imediato, mas também contribui para o meu crescimento pessoal e profissional.
Os Estoicos defendiam que não existem acontecimentos bons ou maus, somos nós que lhe damos significado… as coisas simplesmente são o que são. Isentas…
Mas afinal quem é que te está a prender?
Sabes aquela sensação de que não te consegues mexer? Sabes exatamente o que deves fazer e como fazer. Reviste na tua cabeça vezes sem conta, mas parece que alguém ou alguma coisa te prende. Aquela angústia de quereres mudar ou conquistar algo na tua vida, seja a nível pessoal ou profissional, mas ao longo do caminho e sem saberes como, acabaste por ficar no mesmo lugar.
A inteligência emocional vai muito além de simplesmente controlar as tuas emoções. Trata-se de perceber, gerir e utilizar as emoções de forma eficaz, tanto dentro de ti como nas interações com os outros. Imagina que as tuas emoções são como combustível para a vida. Ter inteligência emocional é como saber usar esse combustível de forma a manter o motor a funcionar sem problemas, sem causar falhas.
Alguma vez sentiste que o dia te estava a desafiar demais? Escrevo este artigo, aqui numa visão de partilha, visto que também eu sou humano. E mesmo tendo um conhecimento diferenciado sobre o comportamento humano… bem, nem sempre funciona no momento.
Este dia de que te vou falar, foi um daqueles dias em que os mais místicos, diriam que o universo me estava a querer dizer qualquer coisa…
Há alguns anos atrás, um colega de um cliente meu pediu-me ajuda. Ele soube que eu tinha ajudado outro colega a ter sucesso num concurso interno na empresa onde trabalhava, por isso, pediu-me auxilio para um outro concurso que iria ocorrer na mesma empresa.
Aceitei ajudar, mas antes disso, quis deixar bem claro o que ele deveria esperar da minha assistência:
Recentemente, uma antiga cliente minha procurou-me para pedir ajuda. O seu pedido de ajuda mostrava desespero. Combinei falarmos ao telefone, altura em que me contou que estava numa fase de vida que não sabia como resolver.
Mudou de emprego para uma função mais exigente, numa empresa com objetivos ambiciosos, foi mãe de 2 crianças… e estava a enlouquecer, com as crianças que faziam birras, que não cumpriam horários, que obrigavam a poucas horas de sono,
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